Causas da MGF

Sendo que a MGF é de facto um fenómeno doloroso e que transporta consigo um leque de consequências nefastas para as mulheres a quem é praticada, admitimos que surjam questões que inúmeras vezes se levantem a propósito desta realidade:

- Porque se pratica a MGF?

- Porque é que certas mulheres que foram mutiladas fazem o mesmo às suas filhas?

- Haverá alguma explicação “aceitável” para esta prática?


Pela leitura de trabalhos já realizados e documentos da Internet chegamos às ditas “causas” que justificam a prática da MGF. Focando-nos sobretudo no trabalho fornecido pelo professor Wilson, não só pelo facto de nos ter sido fornecido no decorrer de uma aula como também por nos parecer a fonte mais completa acerca das ditas causas.
Percebemos que as justificações conduzem a um motivo primordial, a cultura. É ela que está na base explicativa da prática de MGF, ainda que existam vários motivos e justificações que apesar de distintos são explicativos da causalidade da MGF.

Algumas razões que levam à prática da Mutilação Genital Feminina:

- Consideram o clítoris um órgão agressivo;

- Crença de que uma mulher não mutilada não pode dar à luz;

- Motivos religiosos;

- Como é um acto de iniciação e passagem para a idade adulta, é portanto natural que toda a mulher não só aceite o facto de ser mutilada como ela própria o queira ser;

- Motivos higiénicos e de saúde pois pensa-se que os órgãos femininos exteriores são “sujos”;

- O medo que as mulheres têm de serem colocadas de parte pela sociedade ou de serem julgadas caso não sejam mutiladas.


Depois de uma análise cuidada de todas estas causas podemos constatar que existe uma explicação cultural para que certas mulheres queiram a mutilação para elas próprias e para as suas filhas. O seu objectivo é sobretudo serem aceites na sociedade e a circuncisão é a “ponte” para esta aceitação.

(Fonte: Trabalho apresentado na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias no Curso de Pós-Graduação em Criminologia por licenciadas em Comunicação Social e Pós-graduadas em Criminologia)


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